quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Relembrando o passado
"Coloquei uma carta, numa velha garrafa
mais uma carta de solidão,
coloquei uma carta, numa velha garrafa
salvem meu coração"
Remexendo em algumas coisas que estavam perdidas no tempo, encontrei no meu quarto uma caixinha.
Lá estavam correntinhas, cartões telefônicos usados, pedras de dominó, baralhos e cartas que recebia de um certo alguém, alguns anos atrás.
Não posso dizer que eram cartas de amor, pois não eram. Até porque, as cartas de amor são ridículas, pois se não fossem rídiculas, não seriam cartas de amor. Mas lendo novamente, me remeteu a lembranças boas daquela época. Uma época que eu nem mexia direito no computador.
Li carta por carta, não sei quantas eram no total. Para ter uma idéia, o perfume que estava em uma das cartas, ainda dava para sentir. Incrível.
Dei risada com algumas cartas, chorei em uma especificamente, enfim, viajei naquele momento único. Imaginei comigo mesmo, que talvez essas cartas possam me acompanhar pelo resto da minha. Possam não, elas vão me acompanhar.
Junto dessas cartas vieram algumas fotos com dedicatória, enfim...
Passaram-se seis anos, mas me lembro como se fosse ontem. Eu na expectativa da carta chegar para eu ler o que estava escrito. Sempre coisas engraçadas, bonitas e no final com um trecho de alguma música. Tentei lembrar o nome de uma das bandas favoritas da pessoa remetente, mas não me vem a cabeça. Só que tinha trechos de bandas como Legião Urbana, Hoobastank e até da Marisa Monte.
É tão bom escrever e receber carta de alguém, independente de qual tipo de carta seja. Já escrevi cartas na mais pura amizade, cartas de amor (por isso disse que são as mais ridículas). Pensem comigo: quando você está apaixonado por alguém, você escreve a carta e dá juntamente com um presente. Anos se passam e mesmo que você esteja com aquela pessoa, quando você vai pegar para ler a carta, começa dar risada, pois vê as coisas que escreveu e acha isso meio que uma coisa "retardada".
Em agosto, recebi uma carta de um certo alguém. Não foi escrita a mão, e sim, digitada, mas o que vale em certos momentos é a intenção. Não foi uma carta de amor, não foi uma carta de amizade falando que estava com saudade da bagunça na época de escola, etc. Foi uma carta vamos dizer assim, séria, com conselhos, entre outras coisas que não vem ao caso.
Quando eu vou receber outra carta? Não sei!
Hoje em dia, estamos presos a emails, mensagens de celular no orkut, no facebook, nessas redes sociais que viciam a gente.
Mas que foi bom ler todas aquelas cartas foi. Me senti bem naquele momento.
Quando bater saudade de algo, já sei aonde vou procurar uma das lembranças mais boas da minha vida.
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