sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Relembrando o passado: parte 2
Essa semana andando pela vida afora, me deparei com cães nos lugares que passei. Animais dóceis balançando seus rabos, outro ferozes latindo em minha direção, outros nem aí com a vida, só brincando com seus donos, etc...
Novamente me peguei ao passado. Um passado um pouco distante, pois a última vez que tive um cachorro em casa foi a mais de 10 anos.
Com seis, sete anos de idade, tive o meu primeiro cachorro. Não sei se alguém deu, se eu achei na rua, enfim, REX foi o nome que dei para ele. Apesar de ser novo, lembro que esse nome era o mais popular entre os cães, então porque não seguir essa regra?
Não posso dizer o tempo que fiquei com REX, só sei que num belo dia, cheguei em casa e ele não estava mais lá. Lembro que os meus pais tinham dado para um idiota qualquer. Não sei porque eles tomaram tal decisão, mas senti um dor no coração, chorei, chorei e chorei. Realmente eu entendo quando vemos uma placa de: Procura-se um cão perdido. Os seus donos descrevem a cor dele, o tamanho, a raça, o nome e no final além de colocar que eles pagam se alguém encontrar, são também bem taxativos ao escrever: Criança doente.
Entendo isso, porque nos apegamos aos cães. Por isso dizem que eles são os nossos melhores amigos.
Nunca mais tive notícia do REX.
Dois anos depois, quando eu e meus pais mudamos para um escola, para tomarmos conta do lugar, o ex-morador da casa, deixou cadela lá. Neguinha era o nome dela. Todos nós nos apegamos.
Parece que ela entendia a gente, em todos os sentidos. Quando meu pai faleceu em 95, lembro que ela sentiu falta dele. Incrível.
Nesse meio tempo, Neguinha chegou a ter seus filhotes. Dois morreram no nascimento, outros a gente teve que dar para as pessoas, pois não poderiamos ficar com todos. Ficamos apenas com duas fêmeas, além é claro, da Neguinha. Demos o nome das duas fêmeas de Sapeca e Raquel, acho que era esse o outro nome.
Anos mais tarde, Neguinha faleceu e não foi por velhice. Um fdp qualquer que não tinha coração, um escroto mesmo, jogava carne envenenada no quintal de casa. Certamente ela foi comendo sempre e aos poucos, fez um buraco, no qual ela se abrigou até a morte. A gente preparava comida e levava para ela, só que era em vão. Nunca comia, deixava lá. Os dias foram passando e ela veio a falecer.
Mais uma vez doeu, mas essa dor foi mais intensa pelo modo que ela morreu.
Pode parecer piada, mas algum tempo depois, fizeram a mesma coisa com a Sapeca. A Raquel, tinhamos dado a um casal de amigos e ficamos com a Sapeca. Mais uma vez esse escroto não se fez de rogado e matou a Sapeca da mesma forma que fez com a Neguinha, ou seja, dando carne envenenada.
Horrível, muito horrível, pois a gente vai se apegando aos animais. Sempre gostei de cachorros, então talvez por isso tenha sentido o golpe. Mudamos daquela casa e nunca mais tivemos cachorro.
Talvez um dia eu venha ter novamente, não sei.
Um dia, uma pessoa que trabalhava comigo disse que os cães são tontos, porque quando eles fazem algo de errado, nós batemos neles e logo em seguida como se nada tivesse acontecido, eles vem abanando o rabo para o nosso lado, querendo uma atenção, um carinho.
Acredito que seja muito bom termos um cachorro em casa, pois brincamos com eles e quando estamos triste, sentamos do lado deles e começamos a desabafar e eles simplesmente escutam a gente. Podem não dar conselhos, mas não críticam, não falam abobrinhas, apenas escutam e como se tivessem entendido nosso desabafo, eles às vezes lambem nossos rostos, como uma forma de dar uma força para gente.
No momento atual da minha vida, seria bom ter um cãozinho por perto. Me faria um bem danado. Disso não me resta dúvida.
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